domingo, 31 de julho de 2011

Bombinhas from Hell to Creusa

Cidade simpática Bombinhas, mar azul, peixe e camarão e pessoas lindas e simpáticas! Ai delícia de Congresso vai ser!

Paolussía e Creusa, pesquisadoras, acadêmicas e felizes. Entraram no ônibus com a previsão de uma semana na praia!

Ihul! Congresso só na palestra do orientador e para apresentar o banner, já tinham tudo certo: praia de manhã, mergulho de tarde, trilha de manhã, praia de tarde e assim sucessivamente ao longo dos dias.

Mas se não fosse a expectativa de alegria, nada teria graça: Logo na parada para comer alguma coisa coisinha ir no banheiro e algo do gênero, um aviso divino de que coisa alguma seria como o esperado; duas vans com drag queens gritando e se pegando no estacionamento.

DIA 1:
O ônibus começou se perdendo nas ruas estreitas de Bombinhas, se perdeu tanto que acabou no alto de um morrinho voltando de ré durante 15 minutos até a pousada.

Na pousada Creusa se deu conta que tinha deixado o dinheiro em casa, mas pensou "tem cartão! até a feirinha tem cartão!" Paolússia nem tinha cogitado a hipótese de não ter maquininhas cielo nos lugares e nem se preocupou com a Creusa, pois ela também só trazia o simpático plástico laranja do Banco do Brasil.

Mas não, não tinha. E o dinheiro que estava na carteira ficou no restaurante mais barato da rua.

A pousada, reservada e paga com antecedência tinha um porquê de ser tão barata. O colchão era um tijolo, o banheiro entupido e a praia longe.

DIA 2:
Praia? Não!
Chuva, muita chuva e nenhum guarda chuva, porque era Bombinhas! Sem dinheiro e sem caixa eletrônico próximo o almoço foi o coffee break: bolachinhas e café. O jantar foi o coffee break: pão de queijo.
Admitir a derrota? Nunca!
As meninas foram então num churras. Aquele cheiro de linguiça e cerveja alegrando as pessoas, mas não comeram nem beberam porque churras de amigos não aceitam cartão.
Como a churrasqueira era pequena, o lugar que sobrou foi atrás de uma samambaia. Na samambaia ficaram...

DIA 3 E 4:
Chuva, chuva e frio.
Três dias com a mesma roupa.
Três dias de banheiro entupido. Mas Paolússia descobriu uma lojinha de roupas, que sim aceitavam cartão!
Três dias se alimentando de coffee break mas com inúmeras sacolinhas de roupas.

DIA 5:
Último dia, com sol! Sim sol!
Fugiram do Congresso felizes rumo a Bombas, que segundo informações "era logo depois do morrinho". Morrinho, que com a falta de comida, sono e banheiros apropriados virou o Everest. Após o Everest, onde pensaram ser Bombas era uma bifurcação.
"Onde ir?"
Para o lado errado, claro.
Depois de uma hora caminhando por estradas que não combinavam com a descrição de Bombas Paolússia e Creusa voltaram e dormiram não na cama de tijolos, mas sim no banco da pracinha. Mais confortável...

Ao acordar pegaram mas malas na pousada, entraram no ônibus e nunca haviam se sentido tão confortáveis num ônibus como naquele dia.

domingo, 23 de janeiro de 2011

A Tarde de Chuva

Todos tem uma história sobre como se molharam num dia de chuva, Creusa também e começa ainda quando estava sol:


Sol, dia perfeito para encontrar Mathilsson! Oh lindo, alto, moreno, cheio de alegria e ainda por cima guitarrista.
Sentou no banquinho do pátio da universidade e esperou, viu toda a turma dele saindo... menos ele. Claro que para não admitir um bolo de 10 kilos com três andares e cobertura de glacê Creusa fingiu que foi encontrar Vaniossilda!

Ah que solução maravilhosa foi ver Vaniossilda no patio:

- Vaani!!! Vim aqui só pra te ver que saudades!
-Creu! Eu também nossa que bom te encontrar! Eu estou indo para Biblioteca Pública pegar um livro quer vir junto?
- Claro Vani, como eu disse vim aqui só por você!

E assim foram rumo a Biblioteca que eram umas 6 quadras (grandes) da universidade. No meio do caminho uns pingos de chuva que ficaram pouco mais grossos:

- Ainda bem Creu que é só chuvi....

Caiu o mundo. Ventava, as árvores dobravam e a chuva vinha na horizontal não adiantava ter guarda chuva. As duas lindinhas que não tinham para onde correr pois estavam no meio do caminho decidiram voltar.

O All Star pesava 15 kilos e escorregava a cada poça, a calça jeans ameaçava cair da cintura com o peso, cada passo dado era uma vitória. Sem falar na camiseta amarela, parecia a última colocada do Gata Molhada de Matinhos.

Mas chegaram ao ponto de ônibus e foram contar o parco dinheirinho de estudante da Federal. 1, 1 e 10, 1 e 70, 2 e 10................

- Vani tem 10 centavos?
- ...., .... não.....
- Vaniossilda linda me diz eu vou poder entrar no ônibus, me diz...
- Não Creusa não posso.

Creusa já sem dignidade apelou para o curitibano ao lado:

- Senhor?
- ...
- Você mesmo, sim... senhor então como explicar? Vou ser assim, rápida: Fui encontrar meu novo amor que me deu um bolo e acabei indo com a Vaniossilda rumo a Biblioteca e então caiu o mundo na nossa cabeça e voltamos, eu só quero chegar em casa nesse ponto da minha vida que me encontro poderia me dar 10 centavos?
-Claro

Creusa foi para casa, sem ressentimentos.