quinta-feira, 29 de maio de 2008

Creusa, a estréia

Pobre Creusa que foi se meter com essas coisas de blog (de novo), veio quebrando a cabeça pensandinho no que escrever. Vieram tantas idéias, tantas idéias que chega a ser deprimente pensar que a coitada da pata já passou por tudo quanto é patisse.

Creusa e Joissecleida caminhavam saltitantes, felizes (mas nem tanto) e alienadas pelo parque bonito, cheio de árvores, com passarinhos cantando e onde, há algum tempo atras, as crianças corriam soltas atrás das pombinhas.
Que cena linda.

Mesmo depois de notarem uma mulher estranha com metade do útero à mostra e uma postura bastante inaceitável para uma moça de família no banco da frente, elas mesmo assim se acomodaram e continuaram a conversa. Estranhamente mais 2 mulheres no mesmo estilo se aproximaram, "Esses parques no centro da cidade já não são mais os mesmos." pensaram. Incrivelmente, um velho barrigudo passou mandando beijinhos e fazendo caretinhas muito suspeitas para as meninas de familia.

- Algo errado. Disse Creusa a Jossi.

Óbvio, algo de muito errado. Cadê as crianças cândidas? Cadê as mães felizes? Cadê as pombinhas inocentes e pipoqueiros? Elas não estavem lá por uma única razão. Era um ponto de vendagem de corpos.

Creusa sem mostrar grandes alterações de comportamento diz a Joissecleida:
- Amiga querida, acho que elas não são só pobres.

As duas, se movimentando bem devagar pra chamar menos atenção do já tinham chamado, foram menos saltitantes, mais alegres e extremamente envergonhadas saindo do parque.