sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Natal, natal, natal

Família reunida, comida boa e presentes que data feliz! Mas como não é só a Creusa que sofre com o azar pois, ele é crônico e hereditário em sua família. A idéia de juntar todos num mesmo lugar, foi obviamente desastroso.

Viajaram para um hotel fazenda com objetivo de descansar, curtir a vida e não brigarem. Tudo corria bem, chegaram até a pensar que ficariam imunes. Mas o dia 24 foi o resultado de toda essa união.

A chegada do bom velhinho foi marcada para 8:30 da noite. 7:30, na hora em que a maioria dos hóspedes tomavam banho bem demorado e quentinho a luz caiu. Nesse momento tudo mudou, quem tentava ser otimista desistiu para sempre de tudo não só da esperança próxima da volta da luz, porque o único dia que choveu foi dia 24 e os céus jorravam toneladas de água por segundo sobre a cabeça da família.

De qualquer maneira, nenhum membro da família (ou qualquer hóspede)conseguiu tomar banho. Água meio fria, meio quente, tateando o box para achar o sabonete e tomando cuidado para não derrubar a vela que se equilibrava na saboneteira no lado oposto enquanto escorregava no shampoo que acabou de extravasar metade do conteúdo no chão.

Mas o drama seria maior: 3 quartos, 8 pessoas, uma lanterna e a missão de se arrumar.

Fizemos adivinhação:
- É que cor essa calça?? Preta?
- To achando que tá mais pra azul marinho vó.
- Mas eu não trouxe azul marinho!
- Ah acho que sei! é marrom!

Aprendemos a confiar mais uns nos outros:
- Como ficou o batom? não está todo borrado meu olho?
*Creusa vendo um vulto escuro e nenhuma definição*
-Linda tia! Você sabe bem se maquiar!

Brincamos de esconde-esconde:
- Mãe?? Mãe??
...

Também brincamos de caça-ao-tesouro:
- Cadê a lanterna?
- No quarto da vó *voz não identificada*
- Vó preciso da lanterna!
- Não é comigo que você deve procurar, também estou precisando dela. Tua prima tem cara de quem pegou e não vai devolver tão cedo.

Enfim, quando tudo já podia ter acontecido e a entrega de presentes e boa parte do jantar aconteceu como nos velhos tempos a luz de velas a eletricidade voltou!

Ofuscados pelo brilho intenso da meia noite, na melhor das hipóteses todo mundo se reconheceu meio diferente, amarrotados sem combinação de cores, com batom em bocas imaginárias e lápis em olhos inexistentes e cabelos parecidos com trabalhadores de circo.

Entretanto a conclusão é óbvia, não se esconda. Nem o Natal será poupado da sina de má sorte cômica.